
O pseudomixoma peritoneal é uma doença extremamente rara, com uma incidência anual estimada em 1/1.000.000, ou seja, cada um milhão de pessoas, em um ano apenas uma terá pseudomixoma.
Para colocar isso em perspectiva, doenças como o câncer colorretal e a colelitíase (cálculos na vesícula biliar), que são consideradas comuns, afetam respectivamente cerca de 1 em 22 e 1 em 10 indivíduos durante a vida.
O pseudomixoma peritoneal é caracterizado pela presença de ascite mucinosa ou implantes na cavidade peritoneal. Geralmente, origina-se de lesões no apêndice ou no ovário.
A doença é normalmente diagnosticada depois dos 40 anos. Em 30 a 50% dos casos, os pacientes apresentam distensão abdominal progressiva, muitas vezes confundida com ganho de peso.
O diagnóstico do pseudomixoma peritoneal pode ser um desafio, pois os sintomas são geralmente sutis e não específicos.
Além da distensão abdominal, outros sintomas menos comuns incluem dor abdominal, perda de peso, sintomas urinários, obstipação, vómitos e dispneia.
O diagnóstico pode seguir-se à descoberta de uma massa ovárica nas mulheres ou desenvolvimento recente de hérnia inguinal, apendicite ou oclusão intestinal.
Os procedimentos diagnósticos mais utilizados para o diagnóstico e estadiamento do pseudomixoma peritoneal são a tomografia computadorizada do tórax, do abdome e da pelve, punção abdominal, laparoscopia diagnóstica e exames laboratoriais.
A tomografia computadorizada pode oferecer imagens da lesão inicial do tecido afetado, além de sinais da mucina na cavidade abdominal.
Com o avanço da tecnologia médica e a maior disponibilidade de exames de imagem, não é incomum que o pseudomixoma peritoneal seja descoberto incidentalmente.
Por exemplo, uma pessoa pode realizar uma ressonância magnética para investigar uma dor nas costas ou uma tomografia computadorizada solicitada por um urologista para investigar uma pedra no rim.
Nesses casos, os exames podem revelar sinais de pseudomixoma peritoneal, mesmo que essa não fosse a condição inicialmente suspeitada.
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Os exames de imagem, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, são ferramentas valiosas para o diagnóstico do pseudomixoma peritoneal.
Eles podem oferecer imagens da lesão inicial do tecido afetado, além de sinais da mucina na cavidade abdominal.
Esses exames permitem uma melhor avaliação das lesões devido à sua capacidade de resolução espacial, imagens multiplanares e diferentes sequências (na ressonância magnética).
Em resumo, o pseudomixoma peritoneal é uma doença rara e seu diagnóstico é frequentemente um desafio devido à sua apresentação clínica não específica.
Comparado a doenças mais comuns, como o câncer colorretal e a colelitíase, a raridade do pseudomixoma peritoneal é notável.
No entanto, com a conscientização e o diagnóstico precoce, os pacientes têm a oportunidade de receber o tratamento adequado e melhorar sua qualidade de vida.
A realização rotineira de exames de imagem para outras condições pode facilitar a descoberta do pseudomixoma peritoneal, reforçando a importância de realizar exames de saúde regulares.

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